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Quatro técnicos da ARDITI já podem operar novo drone marítimo

Quatro técnicos da ARDITI já podem operar novo drone marítimo

Um grupo de quatro técnicos e investigadores da ARDITI/OOM completou esta semana, em La Ciotat, no sul de França, o curso de operação do veículo de superfície não tripulado (DriX) que a Região está a adquirir para ajudar a estudar e a monitorizar a Zona Económica Exclusiva da Madeira (ZEE).

O curso prático com uma duração de 6 dias consecutivos no mar e em terra foi a continuidade de cerca de 50 horas de formação prévia online, mas a empresa, dada a complexidade desta tecnologia, impõe a todos os operadores a frequência com aproveitamento do curso de formação antes de poderem operar o veículo. Essa formação consiste em conhecer os componentes mecânicos, eletrónicos e programas de planeamento e controlo, bem como todos os aspectos da sua operação como a preparação do veiculo para missões de vários dias no mar, lançamento e recuperação do mesmo da água, planeamento da missão, pilotagem visual e remota, aquisição e tratamento de dados, sistemas de comunicações e transmissão de dados, entre outros.

Os formandos estão sujeitos a avaliações teóricas e práticas durante o processo de formação. A título de exemplo, montam e desmontam partes do motor e do casco do veículo durante a formação. Segundo os formandos, as checklists de mobilização do DriX para uma missão são tão complexas como as de um avião e demoram cerca de 3 dias a preparar uma primeira missão no mar, particularmente após um longo período de alojamento ou de transporte.

Na senda de que «quem vai para o mar avia-se em terra» o sucesso das missões não tripuladas quer no mar, no ar ou no espaço, dependem de uma preparação minuciosa e pormenorizada. Não há espaço para pressas nestas operações, em que os erros podem comprometer a missão com fortes impactos económicos. Durante a formação os operadores da Madeira puderam constatar o grau de maturidade e de eficiência desta tecnologia, que apesar de ter um custo significativo superou a expectativa de todos. A próxima tarefa destes operadores recém qualificados será levar a cabo uma missão no maior evento de robótica marinha da NATO que realiza este mês em Tróia. O veículo adquirido pela Região deverá ser entregue na Madeira no final de 2023 ou no início de 2024, consoante a disponibilidade de partes e mediante os resultados obtidos nos testes de conformidade.

Os critérios de performance dos instrumentos são muito exigentes de forma a poder satisfazer os certificados internacionais a que este veiculo foi sujeito. A agência londrina "Lloyd’s Register Code” certificou o DriX como drone marítimo não tripulado com capacidade para, de forma autónoma, garantir uma navegação segura, à semelhança do certificado de navegabilidade dos navios comerciais. Este aparelho tem capacidade de chegar autonomamente às ilhas Selvagens, o extremo sul de Portugal, parte integrante da ZEE da Madeira. 

 

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