Está a ser desenvolvida a criação de um "biofilme vivo", tendo por base uma relação simbiótica entre uma bactéria produtora de celulose e uma microalga fotossintética, no laboratório de bioanálises, biomateriais e biotecnologia (LB3) da Universidade da Madeira (UMa). Vítor Nóbrega, bioquímico, está debruçado sobre esta investigação.
O investigador refere que está a utilizar uma microalga, "um ser vivo com uma única célula de dimensões muito pequenas (apenas visível ao microscópio) que, sendo fotossintética, tem a capacidade de produzir oxigénio". Ao criar um meio simbiótico (um meio que tenha os nutrientes necessários para ambos os microrganismos coexistirem), é possível criar uma membrana de celulose bacteriana com incorporação de microalgas vivas e viáveis de produzir oxigénio.
Em termos de aplicação, Vítor Nóbrega realça que este "biofilme" pode ser utilizado para "a regeneração de feridas que muitas vezes está dependente da presença de pequenos vasos sanguíneos junto ao tecido danificado, pelo que o oxigénio é um importante fator na angiogénese, ou seja, na criação destes pequenos vasos sanguíneos".
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