Um grupo do Departamento de Engenharia Civil e Geologia da Universidade da Madeira tem vindo a estudar, com a colaboração de outras instituições, como a Universidade Nova de Lisboa, o reforço de estruturas por aplicação de materiais compósitos, nomeadamente através da aplicação de mantas de fibras de vidro, carbono e aramida. Mariana Jesus é uma das investigadoras envolvidas neste trabalho.
Mariana Jesus explica que "o reforço por confinamento com recurso a materiais compósitos permite aumentar a capacidade de suportar cargas das estruturas, bem como aumentar a sua segurança quando sujeitas a ações intensas, como é o caso de sismos". Isto porque se tratam de materiais de elevada durabilidade, resultante da sua "significativa resistência à corrosão", explica.
A investigadora revela que, recentemente, "foi realizada uma campanha de ensaios experimentais no Laboratório Regional de Engenharia Civil, para avaliar o comportamento de pilares confinados por aplicação de reforço parcial, cujos resultados se encontram em fase de análise". Essa campanha de ensaios "englobou 26 provetes à escala real, em betão armado, instrumentados com recurso a defletómetros e a extensómetros de resistência elétrica para registo do comportamento dos provetes ao longo dos ensaios, realizados com recurso a prensa, até à rotura, controlada pela rotura frágil do material compósito", explica.
Mariana Jesus afirma que esta campanha será ainda alargada a novas aplicações e que "os trabalhos serão desenvolvidos em paralelo na Madeira e na Universidade Nova". O objetivo principal será "contribuir para o conjunto de resultados experimentais disponíveis nesta área e melhorar a capacidade de previsão do comportamento das soluções estudadas através do desenvolvimento de modelos orientados para o projeto estrutural", garante a engenheira civil.
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