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Bolsa de Investigação: ARDITI-OOM/2015/004

Cargo/posição/bolsa: Bolsa de Investigação (BI);

Referência: ARDITI-OOM/2015/004;

Área científica genérica: Biological sciences;

Resumo do anúncio

Espécies marinhas não indígenas no Arquipélago da Madeira: Monitorização, avaliação de risco e caracterização de vectores de introdução. Continuação da identificação e coleta de dados disponíveis sobre o tráfego marítimo, ao largo das ilhas da Madeira e Porto Santo. Esta informação é relevante para a invasão de espécies marinhas e oceanografia biológica, e será integrado no Observatório Oceânico da Madeira (OOM).

Texto do anúncio

As invasões biológicas por espécies não indígenas são uma das maiores ameaças ambientais e económicas que, juntamente com a destruição de habitats, são consideradas uma das principais causas de perda de biodiversidade em todo o mundo. No meio marinho, as invasões biológicas são em grande parte concentradas em zonas costeiras, e o seu número tem vindo a aumentar significativamente nas últimas décadas. Estas invasões marinhas resultam da introdução de espécies, na maior parte das vezes por ação humana, como o transporte marítimo comercial, principalmente através da água de lastro e através de organismos incrustados ao casco dos navios. Nos portos, marinas e baías, a poluição de diversas fontes interage com espécies introduzidas, afetando a magnitude da invasão e os seus efeitos nefastos.

O estudo de invasões marinhas no Arquipélago da Madeira assumiu alguma relevância nos últimos anos através de um programa de monitorização do OOM, tendo já sido identificadas dezenas de espécies não indígenas para a Madeira, resultando em inúmeras publicações científicas.

O objetivo principal deste projeto de 3 anos será avaliar o impacto, caracterizar e monitorizar as espécies marinhas não indígenas na RAM. Este programa tem como principais prioridades: a) estabelecer um programa de monitorização de espécies não indígenas nos portos e marinas da RAM; b) Continuar e atualizar a base de dados históricos sobre o tráfego marítimo na RAM na plataforma do OOM. Esta base de dados contempla a seguinte informação: número de portos, o número de marinas, área de porto e marina, número anual de chegadas de navios, tipos de chegadas (navios de cruzeiro, de lazer, de carga, militar), porto de origem, porto de destino e tamanho de navio; c) Identificar e avaliar os principais vectores responsáveis pela introdução de espécies não indígenas na RAM; d) Inspecionar cascos de embarcações de recreio em doca seca para a detecção de espécies não indígenas; e) Em colaboração com outros promotores do OOM, nomeadamente Museu da Baleia, Parque Natural da Madeira e Direção Regional de Pescas, avaliar o lixo marinho como vector de introdução de espécies não indígenas; f) Em colaboração com outros promotores do OOM, nomeadamente CIIMAR-Madeira, desenvolver uma aplicação para dispositivos móveis que indique em tempo real o tráfego marítimo nas águas da RAM; g) Em colaboração com o núcleo de educação do OOM, desenvolver um programa que apela à sensibilização do público e decisores políticos sobre a problemática das invasões marinhas.

Requisitos de admissão

O candidato deverá ter uma licenciatura em biologia marinha. Serão considerados critérios importantes na avaliação da candidatura experiência prévia na colecta e análise de dados sobre tráfego marítimo e a sua relação com espécies invasoras.

Requisitos preferenciais

Será dada preferência a candidatos com experiência na monitorização de espécies não indígenas e com conhecimentos sobre a biodiversidade marinha (sobretudo macro-invertebrados) da RAM. Candidatos com publicações científicas relevantes na área das invasões marinhas serão considerados prioritários.

Outros requisitos

Fluência em Inglês
Carta de condução
Carta de marinheiro
Licença de mergulho

Plano de trabalhos

Durante o período da bolsa, o investigador deverá ser capaz de reajustar, em caso de necessidade, o plano de trabalhos de forma a incluir novas tarefas prioritárias que possam surgir. De forma sucinta, o plano de trabalhos irá iniciar-se com uma série de reuniões iniciais com o orientador onde ser irá fazer um ponto da situação da problemática das invasões marinhas na RAM. Irá discutir-se particularmente o trabalho realizado durante os últimos dois anos no âmbito das linhas de orientação do OOM.

Após esta fase, segue uma fase de planeamento do programa de monitorização de espécies não indígenas da RAM. O Investigador deverá auscultar uma série de ‘stakeholders’ assim como alguns dos promotores do OOM (APRAM-Portos da Madeira, marinas, clubes de mergulho) de forma a agilizar a implementação do programa de monitorização.

O investigador irá também dar continuidade e actualizar a construção da base de dados históricos sobre o tráfego marítimo da RAM. Deverá também proceder a uma análise estatística detalhada dos mesmos dados com o intuito de testar a hipótese de que o tráfego marítimo contribui de forma significativa para a introdução e proliferação de espécies não indígenas. O investigador deverá, sempre em articulação com o centro informático do OOM transferir estes dados para a plataforma VISOR do OOM.

Também em articulação com o centro de informática do OOM, o investigador deverá construir uma base de dados sobre as espécies marinhas não indígenas da RAM. Nesta base de dados deverá constar entre outros, a seguinte informação: nome comum da espécie, nome científico, distribuição biogeográfica, ano de introdução, principal vector de introdução, estado da população, fotografia ilustrativa e referencias bibliográficas.

Em colaboração com outro promotor do OOM, nomeadamente CIIMAR-Madeira, o investigador irá desenvolver uma aplicação para dispositivos móveis que indique em tempo real o tráfego marítimo nas águas da RAM.

Finalmente, em colaboração com o núcleo de educação do OOM, o investigador irá desenvolver um programa que apele à sensibilização do público e decisores políticos sobre a problemática das invasões marinhas.

Local de Trabalho

Observatório Oceânico da Madeira, Estação de Biologia Marinha do Funchal, Cais do Carvão 9000-107 Funchal

Duração da(s) bolsa(s)

Anual renovável até ao máximo de 3 anos

Subsídio de manutenção mensal

O valores de subsídios relativos às Bolsas de Investigação (BI) encontram-se publicados no regulamento de bolsas da Fundação para a Ciência Tecnologia (http://www.fct.pt/apoios/bolsas/valores.phtml.pt).

Métodos de seleção

A seleção será do seguinte método:
CF = HA + EP
CF – Classificação Final
HA – Habilitações Académicas
EP – Experiência Profissional
HA:
- 5 valores - Licenciatura em Biologia Marinha ou áreas afins
- 5 valores - Publicações científicas relevantes na área das invasões marinhas
EP:
- 4 valores - Experiência prévia na colecta e análise de dados sobre tráfego marítimo
- 4 valores - Experiência na monitorização de espécies não indígenas
- 2 valores - Conhecimentos sobre a biodiversidade marinha (sobretudo macroinvertebrados) da RAM

Composição do Júri de Seleção
  • Doutor João Canning Clode
  • Doutor Carlos Andrade
  • Doutor Rui Caldeira
Documentos de candidatura
  • Copia do CV (enfatizando a resposta aos critérios de seleção). Anexar provas documentais da experiência curricular;
  • Carta de motivação;
  • Certificado de Licenciatura.
Forma de publicitação/notificação dos resultados

No site da ARDITI (http://www.arditi.pt).

Prazo de candidatura e forma de apresentação das candidaturas

Formato eletrónico para o email Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ter o JavaScript autorizado para o visualizar. até ao dia 31 de julho de 2015
 

Número de vagas: 1
Tipo de contrato: Outro
País: Portugal
Localidade: Funchal
Instituição de acolhimento: ARDITI - Observatório Oceânico da Madeira
 

Data limite de candidatura: 31 July 2015

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