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Primeira reunião do consórcio do projeto CLIMAREST

Primeira reunião do consórcio do projeto CLIMAREST

O presidente do Governo Regional, presidiu na manhã de 10 de janeiro à abertura do CLIMAREST - Ferramentas de Resiliência Climática Costeira e Restauração Marinha para a bacia do Atlântico Ártico, a reunião internacional que junta, na Madeira, investigadores de 16 países. A ARDITI contribui para este projeto com 800 mil euros, dez por cento do orçamento total do projeto.

Miguel Albuquerque, ao usar a palavra para dar as boas vindas aos investigadores provenientes de Portugal, Itália, Espanha, Islândia, França, Noruega e Dinamarca, referiu que a ARDITI é, a par da Universidade da Madeira, um centro de excelência na investigação, nomeadamente na área dos ecossistemas marinhos e afiançou que, a agência não fica atrás de outras instituições espalhadas pelo mundo, no que toca à qualidade do seu trabalho. Por outro lado, o chefe do Executivo enalteceu que é na Região que se encontra a maior reserva integral do Atlântico Norte, as Ilhas Selvagens, um exemplo para o mundo.

Rui Caldeira, presidente do Conselho de Administração da ARDITI, referiu que esta está a cumprir o seu papel mais importante: apoiar investigadores para alcançar a excelência científica a nível internacional. Durante a sessão de abertura da reunião, falou do futuro promissor e do empenho do presidente do Governo Regional em investir muito mais em Ciência, Tecnologia e Inovação e explicou aos convidados que o orçamento da ARDITI em 2020 se ficou pelos 4M€ ao ano, com uma contribuição de 500 mil euros da Região, comparando que em 2023, para um orçamento de 9M€, 4M€ são financiados pelo Governo Regional.

João Canning-Clode, anfitrião do encontro internacional através da ARDITI, que envolve a unidade de investigação MARE-Madeira, deu as boas vindas aos parceiros à Madeira. Aos jornalistas, à margem da sessão, lembrou a existência de uma degradação acelerada dos habitats marinhos, nomeadamente com o desaparecimento de algumas espécies ao longo dos anos, fruto do desenvolvimento costeiro e das alterações climáticas. Assim, este projeto CLIMAREST irá tentar perceber o que se passa, através de duas linhas de ação originais: envolver o público e os stakeholders e inovar com a demonstração de resultados, recolhendo dados numa área e replicando-os noutras. A Madeira foi escolhida como uma das áreas de demonstração, ao nível das macroalgas e os resultados obtidos serão aplicados no Chipre.

Sobre o projeto

Com duração de três anos, o projeto CLIMAREST, financiado pelo programa Horizonte Europa, pretende estudar, testar e otimizar métodos e ferramentas para a restauração de habitats marinhos. Irá procurar soluções de restauração aplicáveis a fiordes Árticos na Noruega, recifes de ostras em França, pradarias marinhas na Irlanda, fundos arenosos afetados por aquacultura em Espanha e substratos rochosos com perda de algas na Madeira. Após uma fase de desenvolvimento e otimização, as soluções e metodologias de restauração serão replicadas noutros locais geográficos com habitats semelhantes.

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