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Ep. 5 | Rita Ferreira: Observação de baleias e golfinhos a bordo do ferry “Lobo Marinho”

Ep. 5 | Rita Ferreira: Observação de baleias e golfinhos a bordo do ferry “Lobo Marinho”

Desde o ano 2016, existe uma parceria entre a Porto Santo Line, detentora do ferry "Lobo Marinho", e o Observatório Oceânico da Madeira (OOM). Podendo os investigadores recorrer a este navio enquanto plataforma de oportunidade, o seu trabalho de monitorização e investigação em cetáceos avistados entre a Madeira e o Porto Santo facilita-se.

Rita Ferreira é bióloga marinha do Observatório Oceânico da Madeira (OOM) e, como explica, desenvolve "investigação em cetáceos, ou seja, em baleias e golfinhos". A investigadora aponta um número de espécies que podem ser avistadas "de uma maneira regular ou ocasional" na área junto ao arquipélago da Madeira: vinte e nove. 

Algumas destas espécies podem ser avistadas muito junto à costa, mas outras ocorrem mais longe, pelo que há a necessidade de recorrer a esta plataforma de oportunidade para que seja assegurada a monitorização regular destes animais, assim como o seu estudo.  A bióloga explica que, "cada vez mais por todo o mundo, os investigadores recorrem às chamadas plataformas de oportunidade – ou seja, embarcações que podem ser usadas oportunisticamente pelos investigadores enquanto desenvolvem as suas atividades habituais. Plataformas de oportunidade são os barcos de observação de cetáceos, os barcos de pesca, os cargueiros e os ferries, entre outros". 

A parceria existente entre a Porto Santo Line e o OOM "permite o embarque de dois observadores três vezes por semana no ferry “Lobo Marinho”, possibilitando o envolvimento de "mais de vinte observadores, a maioria deles jovens estudantes de nacionalidades diversas, que adquirem conhecimentos e experiência valiosos para as suas carreiras futuras", refere Rita Ferreira. 

Relativamente à investigação, a bióloga explica que os dados recolhidos através destas monitorizações efetuadas em viagem "permitem estudar a ocorrência e distribuição temporal e espacial dos cetáceos ao longo deste trajeto fixo, monitorizando assim de modo regular uma área que, de outro modo, não seria avaliada tão frequentemente".

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