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Ep. 18 | Sara Tranquada: investigadora do M-ITI confronta diferenças de números entre homens e mulheres em áreas técnicas

Ep. 18 | Sara Tranquada: investigadora do M-ITI confronta diferenças de números entre homens e mulheres em áreas técnicas

Do senso comum, retiramos a ideia de que há sempre mais homens do que mulheres a trabalhar em profissões técnicas que, neste caso, são conhecidas por áreas CTEM (ou seja, mulheres dedicadas às ciências, tecnologias, engenharias e matemáticas). Estatisticamente isto comprova-se, pois "a nível universitário há mais homens em busca de uma profissão técnica do que mulheres", refere Sara Tranquada, que foca a sua investigação no confronto destes números. 

Sara Tranquada é uma das investigadoras do Instituto de Tecnologias Interativas da Madeira (M-ITI) e centra-se no estudo das diferenças entre os números de homens e mulheres que igressam para uma profissão mais técnica, e que é, visivelmente, liderada pelo sexo masculino. 

Com a investigação, Sara e a equipa com quem trabalha concluiu nos primeiros resultados que, por exemplo, em engenharia, na Universidade da Madeira candidadataram-se 73 estudantes do sexo masculino e apenas 10 do sexo feminino e que isto é um retrato da realidade desta situação.

Sara Tranquada afirma que "ma possível causa para esta situação pode ser, como nos diz a escritora nigeriana Chimamanda Adichie, se fizermos algo repetidamente, esse algo acaba por se tornar normal. Do mesmo modo, se virmos a mesma coisa repetidamente, isso também se tornará normal. Se apenas vemos homens em áreas técnicas, então, em certa altura, tendemos a acreditar que apenas homens devem seguir essa área". 

O objetivo principal desta investigação é confrontar este fenómeno criando reflexão e debate, de duas formas: "através da interação com um dispositivo físico, em conexão com um ecrã, para criar um impacto na observação dos números de desigualdade dos géneros nos cursos universitários para os quais os alunos se candidatam e através de uma interação virtual para explorar como o pressuposto, de que certas ocupações são destinadas aos homens e outras às mulheres, influencia o subconsciente na resolução de problemas através de um enigma", explica. 

 

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